Sinusite é uma doença inflamatória da mucosa nasossinusal. Também chamada de rinossinusite, ela é bastante comum e pode ser causada por processos alérgicos ou infecciosos. Outra origem frequente são as alterações anatômicas, que impedem a drenagem da secreção mucosa, favorecendo a instalação de germes. Acontece que, sem uma abordagem adequada, o problema se cronifica. Neste artigo, mostramos, justamente, como é o diagnóstico e o tratamento para sinusite crônica.
Você ou algum familiar sofre com essa condição? Então, continue a leitura e conheça as possíveis terapêuticas!
O que é sinusite crônica?
A sinusite é uma inflamação das mucosas dos seios da face — região que compreende as cavidades ósseas ao redor das “maçãs do rosto”, nariz e olhos. Ela é considerada crônica quando dois ou mais sintomas inflamatórios persistem por, pelo menos, 12 semanas. São eles:
- obstrução ou congestão nasal, com presença de secreção amarela-esverdeada e/ou sanguinolenta, que dificulta a respiração, ou rinorreia (coriza);
- tosse, que aumenta de intensidade ao se deitar, assim como os acessos de tosse pela manhã, que costumam desaparecer ao longo do dia.
Já a dor (pulsátil ou em pontadas) ou a sensação de pressão no seio da face, comum em sinusites agudas, pode estar presente ou ausente. O mesmo ocorre com a febre, assim como com a redução ou perda do olfato. Outros sintomas, ainda menos habituais, são o pigarro, a irritação na garganta, a plenitude auricular (ouvido “tampado”),a halitose (mau hálito) e a disfonia (alteração na voz).
Como é o diagnóstico da sinusite crônica?
A sinusite crônica é um processo inflamatório multifatorial. Para definir o diagnóstico, o otorrinolaringologista se baseia em:
- análise clínica dos sinais e sintomas nasossinusais;
- avaliação de alterações anatômicas (como o desvio de septo),que impedem a drenagem adequada das secreções;
- exames complementares, tanto de imagem (como a endoscopia nasal, a tomografia computadorizada, entre outros),como laboratoriais (inclusive, testes de alergias, consideradas fatores agravantes);
- avaliação imunológica, pois os vírus causadores da doença podem se incorporar ao DNA do paciente, persistindo na mucosa respiratória;
- pesquisa da presença de fungos alojados na cavidade nasal, condição conhecida como bola fúngica;
- participação bacteriana, presente em casos de pacientes com polipose nasossinusal (tumor benigno na cavidade nasal);
- vigência de infecções odontogênicas, como doenças periodontais, raízes dentárias com projeção no seio da face, entre outros problemas;
- pesquisa genética, em casos de histórico familiar para a doença, sempre considerando a interação gene-ambiente (principalmente, para fatores como tabagismo, exposição à poluição e uso de drogas).
A existência de algumas comorbidades, como asma, fibrose cística, imunodeficiências, entre outras, também deve ser considerada no diagnóstico da sinusite crônica.
Vale lembrar que suas múltiplas causas podem provocar sintomas nasossinusais, da mesma forma que esses podem ser sintomas de doenças sistêmicas. Por isso, a consideração de fatores predisponentes e de doenças associadas é imprescindível para chegar ao diagnóstico correto e, então, dar início ao tratamento.
Como é o tratamento da sinusite crônica?
O tratamento da sinusite crônica varia conforme o diagnóstico. A seguir, conheça as principais terapêuticas.
Tratamento clínico
O tratamento de sinusite crônica costuma ser feito com medicamentos anti-inflamatórios (corticosteroides),para uso tópico intranasal, oral ou injetável. Eles podem ser indicados para o controle dos sintomas, assim como no pré-operatório e na manutenção pós-operatória.
Há várias técnicas cirúrgicas indicadas para o tratamento da sinusite crônica, cuja escolha é sempre individualizada. Além da não resposta à abordagem medicamentosa, a necessidade da intervenção depende das causas e da extensão da doença.
Cirurgia endoscópica nasal
Na maioria dos casos, costuma-se realizar a cirurgia endoscópica nasal, um tipo de vídeo-cirurgia para dissecção via endonasal. Se necessário, o procedimento permite remover fragmentos de tecido inflamado e osso, para desobstruir e alargar os orifícios de drenagem naturais (os chamados óstios).
A cirurgia endoscópica nasossinusal melhora a ventilação dos seios paranasais e, consequentemente, a função mucociliar. E, por ser minimamente invasivo, preserva a mucosa nasossinusal ao máximo.
Em relação ao tratamento clínico pós-operatório, ele costuma ser feito com medicações de uso tópico, aplicadas com sprays nasais ou em gotas. A lavagem nasal com solução salina isotônica também é indicada.
Já o tratamento sistêmico pós-operatório é composto pela administração de corticosteroides e antibióticos. O objetivo é prevenir possíveis inflamações e infecções, respectivamente.
Para concluir, caso necessite de um tratamento para sinusite crônica, procure uma clínica de otorrinolaringologia de excelência. Além disso, se houver indicação para cirurgia, atente-se à formação do médico. O ideal é realizar o procedimento com um otorrinolaringologista especialista em rinologia — de preferência, membro da Academia Brasileira de Cirurgia Plástica da Face (ABCPF). Dessa maneira, o resultado tem tudo para ser satisfatório, tanto em relação à função como à estética nasal!
Caso ainda haja alguma dúvida sobre o assunto, entre em contato. Nossa equipe está pronta para orientá-lo!