No Brasil, há 210 milhões de pessoas, dos quais 37,7 milhões têm 60 anos de idade ou mais. Eles representam 13% da população brasileira, mas esse percentual vem aumentando. Estimativas apontam que, em 2050, a quantidade de indivíduos pertencentes à terceira idade deve chegar a 30%. Para os otorrinolaringologistas, a prevenção e o diagnóstico precoce de doenças otorrinolaringológicas em idosos é importante, justamente, para melhorar sua saúde, bem-estar e qualidade de vida.
Neste artigo, conheça os distúrbios do ouvido, nariz e garganta mais comuns em idosos, bem como a importância de tratá-los adequadamente. Para saber mais, continue a leitura!
Quais são as doenças de ouvido, nariz e garganta mais comuns entre os idosos?
Entre as doenças otorrinolaringológicas mais frequentes em idosos, destacam-se a surdez (ou dificuldade auditiva) e os distúrbios de equilíbrio. Mas, inflamações como otite (nos ouvidos), rinite e sinusite (no nariz), amigdalite (nas amígdalas) e faringite (na faringe) também são comuns.
A seguir, mostramos alguns dos sinais mais relacionados a esses quadros. O importante é que, ao notar qualquer sintoma, deve-se procurar um especialista para investigar as causas e, se preciso, dar início ao tratamento. Caso resida na região de Florianópolis, SC, você pode realizar suas consultas, exames e tratamentos otorrinolaringológicos na Clínica Zanini.
Perda ou redução da audição
A perda ou redução da capacidade auditiva é o distúrbio sensorial mais comum. Essa condição afeta mais de um terço das pessoas acima dos 65 anos e mais da metade dos que têm mais de 75.
Trata-se de um distúrbio que se desenvolve lentamente. Em idosos, as causas mais comuns são:
presbiacusia (decréscimo progressivo da audição, relacionada ao envelhecimento),
cerume (acúmulo de cera nos ouvidos);
acufeno (zumbidos ou zunidos devido a traumas acústicos).
Vertigem e transtornos do equilíbrio
A disfunção vestibular, causadora da vertigem e dos transtornos de equilíbrio em idosos, pode ser provocada por comprometimentos no:
labirinto (região da orelha interna ligada ao equilíbrio);
sistema nervoso central.
Com o avanço da idade, os distúrbios otoneurológicos também aumentam. Além das tonturas, o idoso pode apresentar outros sintomas associados, tais como:
perda auditiva;
zumbido ou zunidos nos ouvidos;
desvios de marcha;
quedas ocasionais.
Outros sintomas
Existem diversos outros sintomas, possivelmente, relacionados às doenças otorrinolaringológicas em idosos. São eles:
cefaleia (dor de cabeça);
ronco e apneia do sono;
zumbidos ou zunidos nos ouvidos;
dor de garganta e rouquidão;
secreção ou sangramento nasal;
secreção, sangramento ou dor nos ouvidos.
Por que a prevenção e o diagnóstico precoce de doenças otorrinolaringológicas em idosos é tão importante?
A prevenção à perda auditiva afasta maiores prejuízos à saúde e à qualidade de vida. Para tanto, é importante evitar se expor a situações de risco (sons muito altos) ou usar protetor auricular, e fazer o acompanhamento médico de rotina. Nas consultas de rotina, os geriatras:
tratam fatores como diabetes e pressão alta, os quais aceleram o processo de perda auditiva;
incentivam a adoção de hábitos saudáveis e condenam o tabagismo e o consumo excessivo de álcool, os quais também prejudicam a audição;
fazem uma triagem para investigar a hipótese de perda da audição, perguntando aos pacientes sobre sua capacidade de ouvir em diversas situações.
Caso alguma doença otorrinolaringológica seja diagnosticada, independentemente do grau, é imprescindível tratá-la. Isso evita não apenas o comprometimento da saúde física, mas também a ocorrência de comportamentos prejudiciais à saúde emocional do idoso, tais como:
evitar conversações ou gritar ao falar e acabar desencorajando as pessoas a conversarem com ele, levando ao isolamento social, a inatividade e até a depressão;
dar respostas aparentemente desconexas, fazendo com que os outros acreditem que ele está confuso;
evitar se deslocar, por medo de cair, ou colocar-se em risco de sofrer fraturas graves, quando há problemas de equilíbrio.
Como diagnosticar e tratar as doenças otorrinolaringológicas em idosos?
O diagnóstico começa com a anamnese. Para isso, o médico questiona o paciente sobre sintomas (no ouvido, relacionados ao equilíbrio e neurológicos) e seu histórico clínico. Em seguida, realiza alguns exames físicos e, se necessário, solicita exames de imagem complementares.
Já os tratamentos variam conforme o diagnóstico. Eles podem ser medicamentosos, cirúrgicos ou, muitas vezes, compensatórios, por meio do uso de aparelhos auditivos e de outras tecnologias auxiliares.
Assim, cuidar das doenças otorrinolaringológicas em idosos faz bem tanto para a saúde física como mental. Além disso, é essencial na prevenção de quedas e outros acidentes, bem como na manutenção da autonomia.
Caso tenha restado alguma dúvida, sinta-se à vontade para entrar em contato. Nossa equipe está à sua disposição!